As tradicionais festas juninas fazem parte da cultura brasileira e nos dias frios de junho comemoram-se as festas de Santo Antônio, São João, São Paulo e São Pedro. Todas elas cercadas da alegria das brincadeiras juninas. E o ponto alto de todas essas festas é o casamento caipira.
Hoje, dia 24 de junho, é comemorado o dia de São João, que é conhecido como o “Santo Festeiro”. Nesse dia são realizadas muitas festas e comemorações, cheias de danças. Alguns dos símbolos mais conhecidos nessa época são a fogueira, o mastro, os fogos, a capelinha, a palha, o manjericão, os balões (de mentirinha) e outros.
O São João é uma das principais figuras das festas juninas. Assim como as outras festas, esse dia também possui várias comidas e doces típicos: rapadura, amendoim, bolo de milho, curau, canjica, bolo de aipim, paçoca, pipoca, pinhão e várias outras. E para esquentar o corpo, quentão e vinho quente são ótimas opções.
O casamento caipira é uma das principais atrações das festas juninas. Em uma das histórias mais comuns, a noiva fica grávida e o pai força o casamento com o “mal feitor”. Depois de tentar fugir, ele chega bêbado na cerimônia e fica sob a mira da espingarda do pai.
Depois do casamento começa a quadrilha, uma das partes mais divertidas. A dança é repleta de brincadeiras. Veja algumas a seguir:
Balancê – significa balançar o corpo no ritmo da música, sem sair do lugar;
Caminho da roça – damas e cavalheiros formam uma fila indiana, e caminham, dançando;
Caracol – todos formam uma fila indiana e começam a enrolar a fileira, no sentido do centro da roa, como um caracol e quando o narrador diz “desviar”, o caracol começa a rodar ao contrário, para se desfazer;
Cumprimento às damas – dançando, os cavalheiros vão até as damas e fazem uma reverência;
Cumprimento aos cavalheiros – as damas vão até os cavalheiros e os cumprimentam, abaixando-se e segurando os vestidos pelas pontas;
Grande roda – é quando damas e cavalheiros formam uma grande roda, de mãos dadas
Olha a chuva – damas e cavalheiros devem colocar as mãos sobre a cabeça, para se proteger da chuva e quando o narrador diz “é mentira”, todos abaixam as mãos;
Olha a cobra – todos devem pular, para evitar o perigo da cobra. No pulo, os pares giram no ar, e voltam a caminhar no sentido contrário ao que estava indo. O narrador costuma dizer “é mentira”, e então todos dão outro pulo, girando, e voltam a caminhar no sentido inicial;
Túnel – os pares formam uma fila. Damas e cavalheiros ficam de frente um para o outro, segurando as mãos, no alto, formando um túnel. O último casal da fila passa por dentro do túnel. Um a um, todos os pares devem fazer o mesmo.
O casamento caipira é tradição nas festas juninas, mas nada impede que a brincadeira se torne real para os casais apaixonados. Muitos já oficializaram a união em um casamento da roça. O que você acha?